A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra
pessoa. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distancia uma cabecinha
ruim. Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal-resolvida e
que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é uma só: eu. Podem me chamar de egoísta, eu aceito. Mas
chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa - primeiramente - com a gente.
Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade.
Fernanda Mello
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