Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo
que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no
jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem
de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre
em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no
instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente
ri grande que nem menino arteiro.
Ana Jácomo
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