sexta-feira, 2 de março de 2012


Depois de muito analisar toda essa coisa sem pé nem cabeça que a gente tem, cheguei à conclusão de que temos química, é isso. E chego a pensar que nem precisaria existir amor, conseguiríamos viver de prazer. Prazer pelo som do sorriso, o tom da voz, palavras soltas, suspiros abafados. Talvez o que entregue a pitadinha de amor que existe nessa química toda seja nossa despedida demorada de todos os dias. A gente fala eu te amo junto, cara, sem marcar. A gente vive se alfinetando mas cinco minutos depois já tá lá feito gato preguiçoso que fica se encostando na perna do dono depois de uma bronca. E você encosta sua voz em mim tão gostoso. Somos sem vergonha, sem um centavo de vergonha, somos gatos com química. Desses que só conseguem dormir depois de ouvir ao pé do ouvido do outro lado da linha uma voz doce desejando um boa noite, dorme bem, se cuida, até amanhã, um beijo, te amo muito. O mais demorado possível. E talvez, bem talvez, acho que não há quem tenha uma química tão forte assim, a de se entender sem precisar decifrar fórmula alguma.

Jéssica Barreto

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